Obra
"... Sou o que me escrevo? Sou livre para me dizer? Acho que não. Sou um escravo imaginário, um parente consanguíneo da natureza humana, criatura áspera feita de letras, sons, imagens e derrotas."
"... Sou o que me escrevo? Sou livre para me dizer? Acho que não. Sou um escravo imaginário, um parente consanguíneo da natureza humana, criatura áspera feita de letras, sons, imagens e derrotas."
Sobre a obra:
"Nesta Pastoral, parida de uma natureza envenenada pela moralidade familiar em ruínas e por contínuas violências patriarcais, o trabalho aceito é a erva parasitária que cresce nos corpos, aprisionando-os como se fossem homens-árvores. Mas Angelim – nome que remete ao mesmo tempo à árvore e às entidades angelicais – é um ser de desejo livre, atravessado pela vida não experimentada. Sua psique em constante acontecimento busca saídas nas fissuras do sonho, de onde escapam seres fantasmagóricos ou telúricos. Nessa atmosfera devaneante o tangível se funde ao imaginário para produzir melodiosamente o tecido do qual é feito o véu delicado da humanidade."
Sobre a obra:
'“Para mim, eles redescobriram a única linguagem que nos sobrou, a dos gestos. Não temos mais língua, não temos mais pátria, não temos mais terra. Sem-terra, nos tornamos Sem-terra, como o mito dos nômades, daquela multidão de miseráveis que peregrinam de terra em terra, à procura de trabalho, à procura de pão, à procura de paz, à procura.”
Ecos no coração da terra narra e resiste ao silêncio, e à sua mais aterrorizante manifestação, o esquecimento soterrado."'
Coletânea Prêmio Off Flip de Literatura [2021] [CONTO] ISBN: 978-65-86918-11-3